SEJA BEM VINDO !

Este blog é para troca de informações, idéias e experiências na área da educação, conhecimento religioso e teológico.

"A PAZ DEVE SER O ALIMENTO DIÁRIO NA CONSTRUÇÃO DE UM MUNDO MAIS JUSTO E SOLIDÁRIO !" (Jorcemar)



(Algumas imagens usadas no blog são retiradas da internet, se for de seu domínio e desejar que sejam retiradas favor entrar em contato pelo email:jbaduc@yahoo.com.br

domingo, 19 de maio de 2013

CONSTRUINDO O CIDADÃO

Thalissom Pinto Trindade de Lacerda¹



             Vejamos a reflexão de Lya Luft, do texto “quem ama cuida”, 

Medo faz parte de existir, e de pensar. Não precisa ser o terror da violência domestica física ou verbal, ou violência nas ruas – mas o medo natural e saudável que nos torna prudentes ( não acovardados ), pois nem todos os lideres são modelos de dignidade. Uma dose de realismo no trato com crianças ajudará a dar-lhes o necessário discernimento, habilidade para perceber o positivo e o negativo, e escolher o melhor.
 
A partir desses pressupostos, passo a questionar! O que é preciso para ser um cidadão? Quais os valores que possamos colocar para nos fortalecer como pessoas melhores e participes de uma realidade repleta de possibilidades que podem ser transformadas a partir da minha participação? Esses questionamentos podem sim, serem abertos dentro da sala de aula, quando o professor e o aluno passam serem sujeitos da ação. Seguindo esse viés, apresento à micro-aula com objetivo de incentivar a criança a se conhecer como cidadão e integrador de um contexto social.
A situação, no entanto, reflete dentro de um processo dinâmico e interativo, na qual eu e meus alunos somos sujeitos e participes do projeto em ação, mas que projeto em ação é esse? Em consonância com Lya Luft, na qual trouxe a problematiza sobre a realidade da sociedade, pretendo desenvolver a aula sobre “construindo o cidadão”, ou seja, elaborar uma reflexão, dentro das limitações da turma do 2º ano A.
 No primeiro momento da aula pretendo abrir o espaço para que os alunos participem da prática, e que juntos possamos construir cidadãos para vida intrínseca nas relações interpessoais, e principalmente leva-los a compreender que a família, a escola, são os meios de comunicar e conhecer novos horizontes. Ao passo que fui elaborando a aula, tive o privilegio de trabalhar os melhores meios para a efetivação e aprimoramento no ensino, ou seja, partindo de uma realidade composta por pessoas que trazem consigo percepções, angustias sentimentos e histórias em dimensões distintas, por isso a importância de trabalhar a compreensão humana e social do individuo.
 O procedimento segue dentro dos moldeis acima relatados, mas levando de forma dinâmica e prática, através da interação com a classe o conhecer “uma pessoa chamada cidadão".

 Esse cidadão é cidadãos somos nós juntos em viés de igualdade, sem caráter de superioridade e inferioridade, pois cada membro representa cada individuo com seu jeito, pois em conjunto formamos cidadãos para vida em sociedade. No entanto, o segundo momento da aula, pretendo elaborar a dinâmica das palavras, em consonância com o primeiro momento, em construir atribuições para o cidadão, quais? 
Vejamos as palavras, contribuir para formar o cidadão para vida em sociedade; 


Liberdade, amor ,diálogo, união, paz, respeito
                      

                                                                                                                                                                                                                                                                          

As atribuições acima, de tal modo, são fundamentais na construção de uma nova sociedade, entretanto sabemos que, existem paradoxos na quais colocam esse cidadão em risco, são;



 Mentira, briga, maldade,egoísmo






 São atributos negativos que  possibilita  discordias, e até violências fisicas e verbais, por isso mais uma vez resalto  a  outra reflexão de Lya Luft, que entra em contraponto com a anterior, na qual usei para justificar  meu objetivo em escolher o tema da aula, e nessa reflexão ela comenta exatamente esse outro lado negativo, interferente das relações, vejamos.
Bem antes da escola vem o fundamental, o ambiente em casa, que marca o individuo pelo resto de sua jornada. Se esse ambiente for postivo, amoroso, a criança acreditará que o amor e harmonia são possíveis, que ela pode ter e construir isso, e fará nesse sentido suas futuras escolhas pessoais. Se o clima for de recentimento, frieza, mágoas ocultas e desejos negativos, o chão por onde o indivíduo vai caminhar será escuracado. Mais irá tropeçar, mais irá quebrar a cara e escolher para si mesmo e pior.

Não descordando da autora, em relação ao ambiente em que  o individuo vive, é preciso também compreender que ao chegar á escola,  existe aspectos nas quais o próprio professor  precisa situa-se, quando tratata-se de diferentes contextos, em fim usei tais argumentos da autora e complementando  com o meu, para mostrar esse dois pólos que  constituem a nossa realidade, mais a aula pretende desmistificar esses conceitos negativos, inclusive de crianças que ao mesmo tempo, sofrem determinados conflitos familiares e sociais.

  ESSE É O  CIDADÃO PARA VIDA EM SOCIEDADE?

Entao esse sou eu? Que legal!  O fundo ideologico está sendo mostrar  que existem duas dimensões, a primeira trata-se dos fatores negativos aqueles que são maleficos para o cidadão e  a segunda refere-se a dimensão humana, são os meios que podem fazer o cidadão um pessoa mais saudável e feliz.



             Destarte, finalizo dizendo, “meu maior desafio atualmente está sendo suprido”, pois na medida em que aprendo lendo, interpretando, compreendo meu contexto social, e todo universo dentro de uma visão holística, para levar ao contexto escolar, ideais como essa, dentro da disciplina de Ensino Religioso, pois bem sabemos da importância desses valores, que são estudados dentro do fundamental I, pois passo a passo esses conceitos são usados para construir uma educação pautada na construção de uma sociedade melhor e mais igualitária.

________________________________
¹Acadêmico em Ciências das Religiões-UFPB 

RELIGIOSIDADE NA IDADE MÉDIA: CRÍTICA E AÇÃO DA IGREJA E SEUS ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS



 Thalissom Pinto Trindade de Lacerda¹

A idade média foi um período de grandes acontecimentos para cristandade, tais situações trouxeram a igreja novos horizontes de pensamento, tais quais são atribuídos pela influência da arte sacra, relíquias, alimentos sagrados entre outros artefatos utilizados pelo clérigo com o intuito de mergulhar na dimensão do materialismo com imagens e relíquias de ícones da natureza cristã, ou seja, trazer os aspectos e relatos de peregrinação dos seguidores inspirados pela experiência de fé e religiosidade, transformando-se em narrativas oferecidas pela igreja a burguesia, sobre os mártires e santos, entretanto, essa busca pela devoção, posteriormente foi ganhando espaço na sociedade média, com a finalidade de alcançar um status  político, econômico e social, que mais tarde teve um desenvolvimento comercial bastante satisfatório para igreja com a  colaboração da massa popular e toda burguesia, vejamos três características referentes ao período:
1        Refere-se ao poder da igreja
2        A influência dos elementos sacros
3         O crescimento econômico da igreja 

        Esses três elementos, traz uma enorme expansão no desenvolvimento da igreja nesse período, a igreja como mediadora e propagadora dos atos de fé, e como responsável pelas realizações comerciais na venda de objetos, nesse contexto ao mesmo tempo alcançava um domínio sobre a sociedade, principalmente nas arrecadações e doações feitas nas peregrinações, possibilitando um crescimento econômico aos cofres da igreja. Após a invasão de Constantinopla, o mercado cresceu plausivelmente, com a chegada dos “mercados negros” na qual, eram vendidos alimentos para a massa popular. (blog<http://www.pime.org.br/missaojovem/mjhistdaigrejamedia.htm>)

. é aceitar-se num lugar social determinado: forte ou fraco, rico ou pobre, guerreiro ou trabalhador, religioso ou leigo. Nesta posição, ele vê a vontade de Deus. O homem medieval é obsessionado pelo pecado.

       Essa prática do homem medieval foi desenvolvida nesse período colocando o “pecado” como algo negativo e que o livro das penitências era o meio de ajudar o homem, embora que o jejum, a água não fossem suficientes com relação ao grau do pecado, tinha situações, piores, tais como: surras, salmos recitados de joelho ou até mesmo o pagamento da taxa. 
     
      Adoração e veneração às relíquias: aspecto marcante na idade média
                                         
Uma das mais curiosas relíquias na idade média foi Catarina de Siena, após a sua morte houve discussões sobre a disputa do seu corpo, entretanto houve um acordo de extrair dois membros, a cabeça ficaria na sua cidade natal, o pé direito na Veneza e os restos mortais foram encaminhados a Roma (Itália) onde ate hoje seus restos estão depositados.  Percebe-se o quanto não só a relíquia de Catarina de Siena, mais Santo Antonio de Padúa, Santo Estevão, e a busca por elementos relacionados a vida de Jesus, sangue, etc, foram ganhando espaço no decorrer da história.   De maneira em geral essas relíquias vão sendo vistas e adoradas, entretanto é preciso compreender que a tocar no objeto sacro o peregrino poderia contribui realizando doações para igreja. Vejamos o que o autor tem a dizer sobre isso;

De maneira geral podemos dizer que toda a religião contém uma cosmo
visão, embora não se reduza a tal; dela fazem parte os ritos e instituições; lugares e tempos sagrados; desenvolve uma visão do todo da realidade; pressupõe uma visão do homem; expressa valores e coloca normas de conduta; cria uma comunidade de adeptos. Os membros da comunidade religiosa estruturam-se socialmente numa hierarquia (ZILLES, 2008, 19)

Tais pressupostos abordados pelo autor possibilita tal reflexão sobre a construção dos valores sociais e culturais de um período marcado por aspectos positivos e negativos. De um lado temos a conduta moral hierarquizada pela Igreja, no qual tem um padrão e que a sociedade os peregrinos em geral devem seguir as leis regidas dentro do sistema formal, de outro lado temos os ritos, as expressões artísticas ( iconografias, relíquias), manifestações no qual coloca o homem a realidade vivenciada pela experiência religiosa, em fim analisando pelo víeis científico percebe- que esse dualismo sempre vai existir, pois como o próprio autor coloca,  na  citação acima, toda sociedade é regida por leis e condutas e todas as expressões podem trazer de ações positivas e negativas.
               Destarte, durante a idade média foi o período no qual houve dois destaques importantes no seu desenvolvimento histórico, tais como: a veneração as relíquias e a construção das catedrais góticas, desse modo foi constituído tais edifícios ricos em iconografias cheias de detalhes, trazendo até os dias atuais a preservações dessas relíquias dos santos da Igreja em catedrais góticas francesa, Alemã, etc que são visitadas por peregrinos de todas as fronteiras do mundo.
Então chegamos pelo contraponto da filosofia ou das ciências das religiões, breves considerações acerca desse período que se configurou com o crescimento econômico da igreja e conhecimento das artes sacras, a veneração às relíquias, tal qual citei umas mais relíquias curiosas desse período Catarina de Siena, em fim busquei uma leitura dialética, mais próxima da realidade evidenciada nas leituras anteriores, possibilitando uma visão geral das artes sacras em especificamente os relicários do medievo.
_______________________________________________
 ¹Acadêmico em Ciências das Religiões
 
REFERÊNCIAS:
 ZILLES, Urbano, A Crítica Da Religião Na Antiguidade E Na Idade Média. Disponívelem<http://200.233.146.122:81/revistadigital/index.php/revistainteracoes/article/viewFile/42/35> acesso 10 mar 2013 às 01: 47 minutos. Interações - Cultura e Comunidade . V 3 N. 3, p. 19.
Disponível em<http://www.pime.org.br/missaojovem/mjhistdaigrejamedia.htm acesso em 9 mar 2013 às 16: 3 minutos.
Disponível em< http://www.historiadomundo.com.br/curiosidades/estranhas-reliquias.htm> acesso 9 mar 2013 às 21:00 horas
Disponível em <http://moodle.virtual.ufpb.br/file.php/1396/SUELMA/Aula_10/index.html acesso 10 mar 2013 às 00: 19 minutos.

Pela Harmonia entre as Religiões




Carlos André Cavalcanti

Em 2011 o nosso Grupo Videlicet (UFPB) criou e divulgou a Carta pela Harmonia entre as Religiões na Paraíba. Agora, em 2013, queremos reapresentar esta Carta à sociedade paraibana com texto, se necessário, atualizado e debatido. Participe deste debate! Leia a Carta reproduzida logo abaixo e mande suas sugestões para o e-mail videlicet.ufpb@gmail.com! É um ato de cidadania pela Diversidade Religiosa. Contamos com você.


CARTA PELA HARMONIA ENTRE AS RELIGIÕES
E PELA CRIAÇÃO DO FÓRUM PARAIBANO DA DIVERSIDADE RELIGIOSA!

DIA NACIONAL DE COMBATE À INTOLERÂNCIA RELIGIOSA e
SEMANA MUNDIAL DE HARMONIA ENTRE AS RELIGIÕES DA ONU


“... E digo-lhes hoje, meus amigos, que embora enfrentemos as dificuldades de hoje e de amanhã, ainda tenho um sonho”.
                                                                                                     Martin Luther King Jr.    

Nós, integrantes de diversas religiões, intelectuais, cidadãos da Paraíba, saudamos o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa como um dia bem vindo para a democracia e para o Estado laico e de direito. Irmanamo-nos também pela Semana Mundial de Harmonia entre as Religiões, da ONU. Resolvemos unir o registro destas duas datas em um só documento.

Nenhuma sociedade pode substancialmente ser democrática se não há o respeito aos credos religiosos, a perfeita harmonia entre as religiões e o vigoroso NÃO a toda forma de intolerância religiosa. Assim,

CONSIDERAMOS que é saudável a prática religiosa de qualquer matriz, da mesma forma que entendemos serem profundamente prejudiciais à vida em sociedade as práticas de intolerância religiosa que vemos no mundo e em particular na sociedade brasileira das últimas décadas;

CONSIDERAMOS que nenhuma pessoa pode ser difamada por ter ou não ter um credo religioso e que isto não seja critério para o exercício da vida pública. A religião não deve ser utilizada para manchar a reputação de ninguém;

CONSIDERAMOS, por exemplo, ser necessária a convivência pacífica entre pentecostais e membros da jurema, da umbanda ou do candomblé; assim como entre católicos, evangélicos e espíritas; entre Judeus e Muçulmanos ou entre ateus e crentes;

CONSIDERAMOS, enfim, serem sábias as palavras do filósofo alemão Jürgen Habermas quando afirma: “O direito fundamental de liberdade de consciência e de religião constitui a resposta política adequada aos desafios do pluralismo religioso”.

Convidamos, então, os paraibanos e as paraibanas para a reflexão sobre a harmonia possível entre as religiões e sobre o significado danoso de práticas religiosas intolerantes, buscando um convívio mais humano e justo entre todos os seres vivos do planeta.

Neste sentido, propomos a criação do Fórum Paraibano da Diversidade Religiosa contra a Intolerância. Esta proposta, que nasceu dentro do Grupo Videlicet Religiões, da Universidade Federal da Paraíba, com o apoio do Centro de Referência de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos para a Diversidade Religiosa, do Governo Federal, está aberta a novas adesões. Junte-se a nós!!
Para aderir à Carta e à proposta de Criação do Fórum, envie um e-mail para o Prof. Carlos André Cavalcanti em videlicet.ufpb@gmail.com