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sexta-feira, 27 de maio de 2011

O VOCABULÁRIO DO SIMBOLISMO

TRABALHO APRESENTADO NA DISCIPLINA  INTRODUÇÃO AS ESTRUTURAS ANTROPOLÓGICAS DO IMAGINÁRIO  EM 2010.1







INTRODUÇÃO – O VOCABULÁRIO DO SIMBOLISMO






Este video foi mostrado na apresentaçao do trabalho em sala de aula, a simbologia transmitida por ele nos leva ao imaginario da criação através da arte da cerâmica.


INTRODUÇÃO – O VOCABULÁRIO DO SIMBOLISMO


            Ao longo dos tempos, os termos relacionados ao imaginário tem sido empregados indiferentemente pela maior parte dos autores. Isso é uma herança do pensamento do Ocidente e da Antiguidade Clássica que promoveram uma extrema desvalorização da imaginação, procurando sempre opor o imaginário ao real, ao verdadeiro. Durand cria uma terminologia precisa acerca da imagem e do imaginário e postula uma relação de continuidade entre razão e imaginação, chegando a definições bastante claras de signo e símbolo.

FORMAS DE REPRESENTAÇÃO DO MUNDO

            Segundo Durand, existem duas formas de representação do mundo:
- Direta, onde a própria coisa parece estar presente no espírito, como na percepção ou na simples sensação.
- Indireta, onde a coisa por esta ou por aquela razão, não pode apresentar-se em ‘carne e osso’, à sensibilidade em todos os casos de consciência indireta, o objeto ausente é representado na consciência por imagem.
            A diferença entre o pensamento direto e o indireto não é tão definitiva e clara. Na verdade a consciência dispõe de diferentes graus de imagem. Cujo dois extremos são constituídos pela adequação total, a presença perceptiva, ou pela inadequação mais extrema: um signo e eternamente sem significado. Este signo longínquo não é mais que os símbolos, o símbolo pertence a categoria do signo.

OS MODOS DO CONHECIMENTO INDIRETO

O signo

            Os signos são um meio de economizar operações mentais, são apenas subterfúgios de economia, que remetem pra um significado que poderia estar presente ou ser verificado.
            Na sua convenção os signos podem ter origem totalmente arbitrária. Porém há casos em que são obrigados a perder esta arbitrariedade teórica: quando remete pra abstrações, especialmente pra qualidades espirituais ou do domínio moral dificilmente apresentáveis ‘em carne e ossos’.
            Existem dois tipos de signos:
·  Os signos arbitrários: Puramente indicativos, que remetem para uma realidade significada se não presente, pelo menos sempre representável.
·  Signos alegóricos: que remetem para uma realidade significada dificilmente apresentável.

A alegoria

            É a tradução concreta de uma ideia difícil de atingir ou exprimir de forma simples.

O símbolo

Definições de símbolo:
·  Lalande – “qualquer signo concreto que evoca, através de uma revelação natural algo de ausente ou impossível de se percebido”.
·  C.G. Jung – “a melhor figura possível de uma coisa relativamente desconhecida que não se saberia logo designar de modo mais claro ou característico.”
·  P. Godet – “o símbolo é, portanto a recondução do sensível, do figurado, do significado; mas, além disso, pela própria natureza do significado, é inacessível, é epifania, ou seja, aparição do indizível, pelo e no significante”.
·  H. Corbin – “o símbolo é uma representação que faz aparecer um sentido secreto; ele é a epifania de um mistério.”
 Definição de imaginação simbólica:
·  É quando o significado não é de modo algum apresentável e o signo só pode referir-se a um sentido e não a uma coisa sensível.
·  Domínio de predileção do símbolo: o não sensível sob todas as suas formas: inconsciente, metafísico, sobrenatural e surreal, as coisas ausentes ou impossíveis de perceber.
            A imagem simbólica é a transfiguração de uma representação concreta através de um sentido para sempre abstrato.
            O símbolo é constituído de duas partes: o significante, ligado à concretude e o significado não representável apenas concebível. O símbolo autêntico possui três dimensões concretas: cósmica, onírica e poética.
            O poder simbólico constitui-se através do imperialismo do significante, que é ao repetir-se chega a integrar em uma única figura as qualidades mais contraditórias. Bem como do imperialismo do significado, que chega a transbordar por todo o universo sensível para se manifestar, repetindo incansavelmente o ato epifânico. Ambos possuem o caráter comum da redundância e exatamente através do poder da repetição, aperfeiçoante, da acumulação de aproximações o símbolo preenche indefinidamente a sua inadequação fundamental.
            O conjunto de todos os símbolos sobre um tema esclarece os símbolos uns através dos outros, acrescentando-lhes um poder simbólico suplementar.
Classificação do universo simbólico:
·  Símbolos rituais apresentam uma redundância significante dos gestos.
·   Mito e seus derivados apresentam uma redundância das relações linguísticas.
·  Símbolo iconográfico apresenta redundância de imagens materializadas através de uma arte.
            Em suma, símbolo é “o signo que remete para um indizível e invisível significado e, deste modo sendo obrigado a encarnar concretamente esta adequação que lhe escapa, e isto através do jogo das redundâncias míticas, rituais, iconográficas, que corrigem e completam inesgotavelmente a inadequação” (DURAND, 2000, p. 16).

 trabalho realizado pelos alunos :



Graduandos : Agnise Martins Pereira

                       Clodomar do Nascimento Coelho Júnior

                       Emerson Coutinho do Nascimento

                       Jorcemar Bezerra de Albuquerque

                       Kilze Chaves Vasconcelos Rosenstock

                       Paulo Sérgio Pe Celestino

                       Rute Alves de Oliveira


 Sendo profesora da disciplina :Profa.Ms.Dilaine Soares Sampaio


REFERÊNCIA

DURAND, Gilbert. A imaginação simbólica. Lisboa: Edições 70, 2000.

Um comentário:

  1. Olá Jorcemar,

    Fico feliz pela sua iniciativa e mais feliz ainda por ver que nossas aulas reverberaram de modo positivo e produtivo!

    Abs,

    Profª Dilaine

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