Jorcemar B. Albuquerque²
Com
o aumento da expansão do fenômeno midiático, podemos verificar hoje uma
certa crise entre os pastores tradicionais e os modernos pastores que
se utilizam dos meios de comunicação para levar sua mensagem e atrair os
fiéis. Os pastores tradicionais vêem com certa preocupação o
crescimento dos neopentecostais que tomam o espaço e se distanciam do
ideal protestante original, tradicional. Em virtude das mudanças
culturais em que a sociedade passa começa a provocar certa inquietação
nos pastores tradicionais, as relações entre eles e os fiéis começa a
ter uma certa distância, pois hoje muitos querem respostas rápidas para
os seus sofrimentos, inquietações e etc. podemos notar os programas que
são transmitidos pelas TV e rádio no qual os pastores pentecostais
adentram as casas das pessoas e levam a mensagem num novo modelo de
púlpito. Pois os pastores tradicionais ficam ainda na sua igreja fechado
e sem ir diretamente as pessoas, se mostrando apenas meros
administradores de igrejas. Este modelo parece que já ta ultrapassado,
pois as pessoas num mundo globalizado e sem tempo, agora procuram
acompanhar o que se passa nos meios de comunicação de massa, e assim os
pastores “modernos” pentecostais e neopentecostais se aproveitam e
entram nas casas das pessoas levando a mensagem que os mesmos querem
ouvir.
Um
verdadeiro show da fé, onde se apresenta um Jesus festivo e que fala a
língua do povo simples e tem solução para as mazelas dos mesmos.
Enquanto ocorre isto, os pastores tradicionais ainda continuam fechados
no seu mundo e parece que não enxergam este fenômeno e vêem suas igrejas
perderem espaço para esta nova moda.
Numa
sociedade cada vez mais envolvida e utilitária das inovações
tecnológicas, é praticamente impensável uma igreja não usufruir dos
benefícios que os avançoes tecnológicos nos trouxeram. A mídia e suas
ferramentas podem e devem ser utilizadas para a propagação rápida e
eficaz da mensagem religiosa, claro que de nada ou quase nada valerá
usar os meios midiáticos se não houver conteúdo adequado. E os mesmos
devem ser usados como uma boa ferramenta e não para exploração da fé das
pessoas.
Referencia
FONTELES, H. A. A ascensão da mídia evangélica: pelo uso do tripé político, econômico e tecnológico. Revista Eletrônica Polidisciplinar Vôos, v. 02, p. 01-14, 2010.________________________________
¹Trabalho apresentado na disciplina de religiosidade popular
² Acadêmico do Curso de Ciências das Religiões-UFPB
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