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segunda-feira, 19 de agosto de 2013

VIVEKA-CŪḌĀMAṆI: A DISSOLUÇÃO DAS ILUSÕES SOBREPOSTA À VERDADE ABSOLUTA (BRAHMAN) SEGUNDO ŚAṄKARA[1]



Alexandre Venâncio
Mestre em Ciências das Religiões - UFPB

Esse resumo transita por algumas das nuances mais significativas da perspectiva não dualista da filosofia da Índia. Neste sentido, debruçamo-nos sobre um nobre jovem pensador indiano chamado Śaṅkarachārya (788-820 d.C.), ao qual se atribui uma interpretação singular  no universo dos sistemas filosóficos da Índia, sendo também, de acordo com a tradição, um dos principais reformadores da doutrina monista: AdvaitaVedānta(uma escola de cunho interpretativo não dualista). Para tanto, selecionamos um texto, atribuído a esse pensador, chamado “Viveka-Cūḍāmaṇi”, no qual identificamos, através de máximas (aforismos), etapas de qualificações propondo a liberação final (Mokṣa). Antes de tudo, porém, é preciso compreender a especificidade do termo “qualificar”, usualmente confundido como um processo evolutivo e singular, particularizando o objetivo da ação. A qualificação do sujeito, que o pensador Śaṅkara descreve dentro do Viveka (lit. discernir), é a capacidade de discernimento, segundo ele, inerente a todos. Na perspectiva monista do filósofo, o sujeito, o processo e o objeto da liberação não pode ser outro a não ser a própria Realidade Absoluta (Brahman). Por conseguinte, relacionar os valores dos ensinamentos ao mundo Real sem a qualificação do ser (visão do Si mesmo, que é Brahman) é impossível. Com efeito, o texto dissertativo representa, pois, a tentativa de identificação, compreensão e análise de excertos dos aforismos do Viveka-Cūḍāmaṇi, cujos conteúdos são considerados condição sinequa non para o encontro do Eu(Ātman). 


[1]Esse é um pequeno resumo da dissertação defendida em Julho 2013, brevemente estaremos disponibilizando o texto completo.

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