Alexandre Venâncio
Mestre em Ciências das Religiões -
UFPB
Esse
resumo transita por algumas das nuances mais significativas da perspectiva não dualista da filosofia da Índia.
Neste sentido, debruçamo-nos sobre um nobre jovem
pensador indiano chamado Śaṅkarachārya (788-820 d.C.), ao qual se atribui uma
interpretação singular no universo dos
sistemas filosóficos da Índia, sendo também, de acordo com a tradição, um dos
principais reformadores da doutrina monista: AdvaitaVedānta(uma escola de cunho interpretativo não dualista). Para tanto, selecionamos
um texto, atribuído a esse pensador, chamado “Viveka-Cūḍāmaṇi”, no qual
identificamos, através de máximas (aforismos), etapas de qualificações propondo
a liberação final (Mokṣa). Antes de tudo, porém, é preciso compreender a
especificidade do termo “qualificar”, usualmente confundido como um processo
evolutivo e singular,
particularizando o objetivo da ação. A qualificação do sujeito, que o pensador
Śaṅkara descreve dentro do Viveka
(lit. discernir), é a capacidade de discernimento, segundo ele, inerente a
todos. Na perspectiva monista do filósofo, o sujeito, o processo e o objeto da
liberação não pode ser outro a não ser a própria Realidade Absoluta (Brahman). Por conseguinte, relacionar os
valores dos ensinamentos ao mundo Real sem
a qualificação do ser (visão do Si mesmo, que é Brahman) é impossível. Com
efeito, o texto dissertativo representa, pois, a tentativa de identificação,
compreensão e análise de excertos dos aforismos do Viveka-Cūḍāmaṇi, cujos
conteúdos são considerados condição sinequa
non para o encontro do Eu(Ātman).
[1]Esse é um pequeno resumo da dissertação defendida em Julho
2013, brevemente estaremos disponibilizando o texto completo.
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