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segunda-feira, 19 de agosto de 2013

SÍNTESE DOS TEXTOS: A LAVAGEM DAS ESCADARIAS DO NOSSO SENHOR DO BONFIM DA BAHIA: IDENTIDADE E MEMÓRIA NO FINAL DOS OITOCENTOS; SINCRETISMO OU AFRICANIZAÇÃO? O SENTIDO DA DUPLA PERTENÇA; NOTAS SOBRE O SINCRETISMO RELIGIOSO NO BRASIL – MODELOS, LIMITAÇÕES E POSSIBILIDADES.



 Thalisson Pinto Trindade de Lacerda¹

O presente estudo tem como pretensão, elaborar a partir das leituras de Mendes (2007); Consorte (1998); Ferretti (2001), possíveis interpretações que são estabelecidas através dos aprofundamentos na analise do fenômeno, nesse caso “a festa a escadaria do nosso senhor do Bonfim” realizada todos os anos na Bahia/BA. A autora Mendes (2007) propõe uma reflexão sobre a real importância da religiosidade a partir da “memória” preservada no contexto baiano presente na tradição com elementos significativos construídos pelos afro-descendentes por volta do século XIX, um momento em que houve transformações reelaboradas pela comunidade através das experiências individuais e coletivas em sua diversidade sincrética caracterizada pelo contexto sociopolítico, econômico e cultural.
Sendo assim, é possível através de leitura perceber que atuação dos grupos encontra-se presente em outra dimensão em que segundo Consorte (1998) é a dupla pertença que existe até os dias atuais fortemente construída e desafiada pela sociedade ao passo que o tradicional sincretismo continua fortemente presente no catolicismo popular e na religião afro- brasileira. De tal modo, interpreta-las no campo religioso é necessário revestir o manto cientifico com inquietações teóricas e metodológicas, e posteriormente adentrar para compreender os elementos em comum, implicações que estão associadas às práticas e crenças do individuo a frente da sua realidade.
Pelo contraponto Antropológico, Ferretti (2001), propõe uma compressão mais ampla e geral sobre o sincretismo no Brasil contextualizando o termo e sua influência na sociedade brasileira, no primeiro momento ele traz uma citação de Boff (1982) em que todas as religiões são sincréticas, e que cada cultura religiosa em sua experiência religiosa possui suas próprias categorias através das ações ligadas às práticas e rituais religiosos, ou seja, trata-se do próprio multiculturalismo construído no contexto religioso, entretanto, pelo contraponto de Mendes (2007) a cultural é dinâmica e estabelecida com influencia política, econômico e sócio cultural fortemente presente nos grupos sociais. Então aquilo que Ferretti (2001), propõe ampliando a discussão do termo de forma universal, mas em especial ir aos espaços onde o pesquisador pode encontra os elementos e comportamentos do sincretismo religioso católico e afro-brasileiro. Então a ideologia de Mendes (2007) ao trazer a perspectiva da festa e sua influencia no contexto histórico, tradição, memória preservada e reelaborada pelas crenças, raças e étnicas da cultural brasileira, é perceber que esses fatores contribuíram para construir as interfaces das religiões tradicionais daquilo que resignificado pela cultura do homem em sua natureza sapiens e simbólica. 
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¹Acadêmico do Curso de Ciências das Religiões-UFPB
 
REFÊRENCIAS:
CONSORTE, Josildeth Gomes. Sincretismo ou Africanização? Os sentidos da dupla pertença. São Paulo: 1998.  
FERRETTI, Sérgio F. Notas sobre o sincretismo religioso no Brasil – modelos, limitações e possibilidades. Niterói, Vol 6, num. 11, julho, 2001, p. 13-26.
MENDES, Érika do Nascimento Pinheiro. A lavagem das Escadarias do nosso Senhor do Bonfim da Bahia: Identidade e Memória no final dos oitocentos. UERJ. 2007. p.1-10.

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