Considerações
A partir do texto de Silva (2011), consideramos que, existem
diferentes concepções construídas sobre o significado do ser líder na
modernidade, são implicações relacionadas aos valores existenciais do “si
mesmo” nas relações interpessoais, refletidos através dos princípios éticos,
morais do próprio grupo e pelas experiências individuais e coletivas, assim
sendo, podemos pensar, quais perfis de líder podemos encontrar nas comunidades:
· Democrático
· Tradicional – conservador
· Autoritário
Repensando a ideia de Minicucci, (1983), podemos encontrar em
diferentes realidades sócio culturais, lideres com distintos comportamentos, seja aquele que tem uma visão mais holística da
realidade, aberto a novos projetos comunitários um líder democrático ou um
líder mais tradicional, conservador, limitado a novos horizontes e pensamentos
modernos. E temos também o perfil de líder autoritário, aquele que exige que o
grupo obedeça-o, ou seja, o superior do grupo.
Nesse caso, é notório observar que o processo de formação humana e
social acerca da liderança requer, um estudo mais profundo de uma realidade
especifica de um modelo para aprofundar claramente a função de um líder no
próprio contexto religioso. Dessa forma pensamos em fazer uma entrevista com o
pastor da primeira Igreja Batista de João Pessoa/PB. Buscamos pontuar: O que significa ser líder dentro de
um contexto religioso? Como a história de vida e a educação inicial podem ser
elementos significativos para a vocação da liderança? E partindo dessas
perguntas norteadoras, compreender a essência da fenomenologia da liderança e o
passo a passo do processo que estabelece o “espírito de liderança” nos
contextos da nossa sociedade.
Diante
do que foi analisado com relação ao perfil do líder entrevistado pelo grupo,
podemos dizer que este mostra características de um líder democrático,
relativamente aberto a mudanças e acessível. Entretanto, com base no que
observamos na leitura do livro sobre liderança, chegamos a conclusão que o
modelo ideal de liderança seria aquela que reunisse mais de um modelo, tais
como o democrático, autocrático, permissivo, instrumental, expressivo, etc.,
pois o líder que consegue mesclar os modelos lidera com mais clareza e consegue
dar melhor direção ao seu grupo, como também abrir espaço para a participação de seus
colaboradores criando um ambiente e um convívio mais harmônico.
Aquele
líder que prioriza apenas um estilo/modelo não é o suficiente para gerar
impacto no grupo. Qualquer um dos modelos sozinho é pobre e torna mais difícil
para o líder a utilização, ou introdução de estilos diferentes.
Outra
questão são os atributos psicológicos, ou as características pessoais de um
líder que também podem influenciar sua maneira de liderar, pois, se ele tem um traço mais autoritário, por uma
questão de educação familiar, é possível que ele reproduza isso no ambiente em
que se encontra e se torne um líder mais coercitivo e modelador.
Cada
um de nós possui uma personalidade que é expressa pela forma como interatuamos
com o mundo, pelo modo que nos comunicamos e também como tomamos as nossas
decisões. Assim como o corpo humano depende da espinha dorsal para adquirir uma
estrutura, a psique necessita do temperamento para definir suas
particularidades. Nascemos com um determinado temperamento e o mantemos durante
toda a vida. O temperamento é a essência de nossa personalidade. Entretanto, um
líder nunca deve impor sua personalidade aos demais membros de um grupo,
evitando assim exercer uma liderança dominadora, que impõe ordens e que foge do
padrão do líder educador, que deve promover um diálogo aberto e interagir com o
grupo, priorizando o contexto sociocomunitário e procurando compreender
juntamente com a comunidade que se encontra arraigado, o seu mundo e o mundo do
outro, desenvolvendo uma vivência interpessoal satisfatória e buscando a
harmonia e o bem comum do grupo.
Referencia
SILVA, Marinilson
Barbosa da. Em busca do significado do
ser professor de Ensino Religioso. João Pessoa: Editora Universitária.
UFPB, 2011.
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Trabalho apresentado na disciplina reformas na cristandade, pelos acadêmicos em Ciências das Religiões:
Agnise
Martins, Rivânia
da Silva Carneiro, Thalisson
P. T. de Lacerda, Verônica
Maria Silva
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