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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Pontos principais do artigo de Michel pye sobre os estudos das religiões e o desenvolvimento religioso europeu


             
             No seu artigo Michael pye, nos apresenta os principais pontos sobre os estudos das religiões e sobre o processo de desenvolvimento religioso europeu e suas diversas influências.  O mesmo inicia seu artigo falando das Considerações geográficas e terminológicas, distâncias entre os países que não são simplesmente distâncias políticas e culturais. A extensão geográfica da Europa é maior do que muitas vezes se concebe, a partir de certos parâmetros pode ser considerada modesta, se junta o que poderia ser uma “distância política”. Esta distância política principalmente influência no processo da educação e na vida cultural e acadêmica.
            Falando de maneira geral, a disciplina de estudos das religiões (religious studies) emergiu a partir de três vertentes principais, a saber, teologia, estudos de orientalismo e ciências sociais. O mesmo aponta que muitos dos recrutados para os estudos das religiões são formados em uma ou mais disciplinas sociais. Também na Europa, o estudo das religiões é realizado sob outros auspícios do começo ao fim. Como em muitas outras partes do mundo.
            O autor no seu artigo também ressalta a conferencia Internacional para a sociologia da religião, conhecida pela sigla CISR. Ela tem um papel de avaliar o progresso da secularização e em detectar características cambiantes da religiosidade comum, entretanto, parece não haver razão por que o cristianismo, enquanto uma religião na área cultural da Europa, não devesse ser estudada de um modo histórico e fenomenológico, tal como as religiões da Ásia.
            O autor vai mostrando as dificuldades de se encontrar as definições para os estudos das religiões, nos diversos países, como França, Itália e outros. As reflexões terminológicas são muito complexas na Europa do que na América do Norte ou na Ásia oriental, como resultados de tradições linguísticas e culturais diversas. Por fim neste primeiro ponto o autor fala que estudos da religião cobre uma multiplicidade de possibilidades e que se deve ter o cuidado para não mascará o objetivo dos estudos, para não tornar em mera camuflagem para a teologia.
            Com relação à origem dos estudos da religião e a identificação da disciplina, Michael pye ressalta que a disciplina de Estudos da Religião (Religious studies) emergiu a partir de três vertentes principais, a saber, teologia, estudos de orientalismo (incluindo estudos sobre o Extremo Oriente, que deveriam agora ser chamados de estudos do leste asiático) e ciências sociais (antropologia, psicologia social e sociologia). Igualmente importante é a contribuição contínua de especialistas em estudos clássicos, em estudos da antiguidade, em estudos sobre o oriente próximo, em estudos sobre o Irã e o Egito, os quais tem papel particularmente  importante na história das religiões na Itália e na França.
            Estes exemplos são apresentados para mostrar que em princípio é totalmente possível conceber um estudo autônomo da religião que evita tanto uma normatividade teológica quanto um reducionismo sociológico, independentemente de ser o objeto de estudo particular majoritariamente distante tal como o budismo (na Europa) ou majoritariamente próximo tal como o cristianismo (na Europa).
            Quanto as Orientações Metodológicas e Diversidade Cultural o Michel pye, diz que a posição aqui é de que elas podem influenciar a compreensão de uma disciplina de algumas maneiras, mas que um esforço deveria ser feito para relativizar tal diversidade tendo em vista os interesses de alcançar coerência na disciplina de um ponto de vista intercultural. Ele apresenta três exemplos de diversidade no tocante a Europa: uma diferença de ênfase entre a Europa setentrional e a meridional, uma diferença parcial de ênfase entre a Europa ocidental e a oriental e uma diferença parcial de ênfase entre a Alemanha e alguns outros países tais como a Grã-Bretanha.  Um grande entendimento é a ideia de um estudo da religião não partidário, empírico e empático que é largamente compreendido e valorizado, não menos por pessoas que não estão profissionalmente engajadas em realizá-lo. O autor do artigo termina dizendo: finalmente, a Europa não é pequena, nem uniforme, nem fechada, de modo que o perigo do “euro centrismo” pode não ser tão grande quanto o etnocentrismo de outras partes do mundo.



 Jorcemar Bezerra de Albuquerque, acadêmico do curso de ciências das religiões-UFPB

 trabalho realizado para Disciplina: Estágio Supervisionado II
Profº.: Drº. Deyve Redyson Melo dos Santos





Um comentário:

  1. Muito legal seu comentário ao texto de Pye!
    Apenas um detalhe: "Religious Studies" (ou Study of Religions, como Pye prefere e eu também) deveria ser traduzido em português como "Ciência das Religiões", que é seu equivalente em nossa língua. Ciência das Relgiões = Study of religions, pois, em inglês, eles pararam de usar o termo "science" para nossa disciplina há quase um século. Isso é importante para termos em mente a situação internacional da Ciência das Religiões, apesar da sua variedade de nomenclaturas.

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