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sábado, 6 de julho de 2013

CÍRIO DE NAZARÉ: AGENCIAMENTOS, CONFLITOS E NEGOCIAÇÃO DA IDENTIDADE AMAZÔNICA.[1]




                                                                         Thalisson Pinto Trindade de Lacerda²

O autor Propõe através do estudo etnográfico, visualizar e descrever impressões étnico-culturais da tradição ao Círio de Nazaré: promovida pela Identidade Amazônica e sendo assim realizada pela sociedade de Belém do Pará, com participação de todos os sujeitos dessa localidade e de outras regiões do Brasil. O objetivo do autor é abrir o espaço para desenvolver ideologias a partir de uma dialética impregnada de respaldo teórico, metodológico e interligadas aos fios de uma etnologia pautada na descrição do fenômeno, ou seja, demarcar pontos de tensão significatorios que são constituídas através das interpretações apresentadas durante os estudos desenvolvidos em lócus pelo pesquisador, com a finalidade de construir implicações proferida de elementos que intencionam as experiências, tais como percepções, emoções, historia de vida de romeiros e demais características que vão sendo construída com diferentes depoimentos que se estende aos paradigmas da intencionalidade do individuo e não apenas em uma celebração, por exemplo, realizada no ano de 2009, mais são relatos em metamorfose que integra a identidade múltipla dos sujeitos cidadãos com a diversidade política, econômica e social do país.
O autor evidencia dentro de tais elementos aspectos universais das identidades individuais e coletivas trazendo assim uma releitura dessas expressões com a ajuda de recursos áudio visuais, com fotos e vídeos que aproximam o pesquisador do fenômeno estudado. A partir dessa reflexão o autor passa a mergulhar nas entranhas profundas da festividade do círio se colocando no contexto e buscando apreender através das experiências, diferenciar os modelos culturais presente na manifestação, tais como; ritmos musicais, danças folclóricas com influências carnavalescas introduzidas de agenciamentos de outras identidades regionais mesclados de valores sócio-culturais que são filtrados e direcionados a comunidade, Por exemplo, existe o desenvolvimento de trabalhos e pesquisas com produções culturais na preservação da cultura paraense e amazônica, através do arraial da pavulagem formado por grupos de artistas da região promovendo transformações e atualizando-se a tradição e aos avanços da modernidade sem desprezar as origens da tradição e elementos que não podem ser esquecidos para não quebrar os paradigmas tradicionais e perder a essência da intencionalidade da tradição em sua natureza original.
          Então o autor reconhece que o multiculturalismo é a essência natural de uma tradição cultural, mas essas características vão tomando espaços dentro do campo religioso popular, e como o círio de Nazaré é considerado uma manifestação religiosa em sua diversidade, nesse sentido, promove uma extensão múltipla de mitos símbolos presentes que são interpretados com o sentido universal da palavra “mãe peregrina” encontra-se então vestígios apreendidos pela multiplicidade conotativa representada na construção de inúmeras capelas com imagens da “mãe Peregrina” em outros estados brasileiros, dessa forma o contexto ganha uma proporção universalizada e pluralista.
Agora é possível enraizar um caráter amplo do termo religiosidade popular, com o reconhecimento da festividade ao círio de Nazaré. A identidade, os conflitos, os agenciamentos e o multiculturalismo popular, são palavra chaves que o autor destaca nas suas implicações etnográficas durante o contato com as diferentes experiências com romeiros, turistas, organizadores, entre outros personagens que participam da festividade ao Ciro de Nazaré que reuni centenas de pessoas todos os anos, no entanto vêm produzindo avanços de agenciamentos que não limitas horizontes, ou seja, passam por transformações sociais e são evidentemente interpretadas com significados universais na formação de novos  grupos participantes  e trazendo para a manifestação uma mesclassem diversificada na busca por uma liberdade e cidadania, pois é necessário no contexto de uma sociedade multicultural como a brasileira.
Referências:
LOPES, José Rogério. Círio de Nazaré: agenciamentos, conflitos e negociação da identidade amazônica. Vol. 31. Rio de Janeiro: Religião & Sociedade. 2011. Disponível em <hppt://dx.doi.org/10.1590/S0100-85872011000100007> Acesso em 21 de Junho 2013. p. 15-27.


[1] Esta síntese é fruto de um trabalho de aproveitamento realizado na disciplina festas Religiosas Populares ministrada pela Profª. Drª. Neide Miele, no primeiro semestre de 2013 (semestre letivo: 2013.1), no Curso de Graduação em Ciências das Religiões da Universidade Federal da Paraíba.
² Aluno (a) do Curso de Graduação de Ciências Das Religiões, Centro de Educação, Universidade Federal da Paraíba. E-mail: Thalisson_pinto@hotmail.com.

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