Thalisson Pinto Trindade de Lacerda²
O
autor Propõe através do estudo etnográfico, visualizar e descrever impressões étnico-culturais
da tradição ao Círio de Nazaré: promovida pela Identidade Amazônica e sendo
assim realizada pela sociedade de Belém do Pará, com participação de todos os sujeitos
dessa localidade e de outras regiões do Brasil. O objetivo do autor é abrir o espaço
para desenvolver ideologias a partir de uma dialética impregnada de respaldo
teórico, metodológico e interligadas aos fios de uma etnologia pautada na
descrição do fenômeno, ou seja, demarcar pontos de tensão significatorios que são
constituídas através das interpretações
apresentadas durante os estudos desenvolvidos em lócus pelo pesquisador, com a
finalidade de construir implicações proferida de elementos que intencionam as
experiências, tais como percepções, emoções, historia de vida de romeiros e
demais características que vão sendo construída com diferentes depoimentos que
se estende aos paradigmas da intencionalidade do individuo e não apenas em uma
celebração, por exemplo, realizada no ano de 2009, mais são relatos em
metamorfose que integra a identidade múltipla dos sujeitos cidadãos com a
diversidade política, econômica e social do país.
O
autor evidencia dentro de tais elementos aspectos universais das identidades
individuais e coletivas trazendo assim uma releitura dessas expressões com a
ajuda de recursos áudio visuais, com fotos e vídeos que aproximam o pesquisador
do fenômeno estudado. A partir dessa reflexão o autor passa a mergulhar nas
entranhas profundas da festividade do círio se colocando no contexto e buscando
apreender através das experiências, diferenciar os modelos culturais presente
na manifestação, tais como; ritmos musicais, danças folclóricas com influências
carnavalescas introduzidas de agenciamentos de outras identidades regionais
mesclados de valores sócio-culturais que são filtrados e direcionados a
comunidade, Por exemplo, existe o desenvolvimento de trabalhos e pesquisas com
produções culturais na preservação da cultura paraense e amazônica, através do
arraial da pavulagem formado por grupos de artistas da região promovendo
transformações e atualizando-se a tradição e aos avanços da modernidade sem
desprezar as origens da tradição e elementos que não podem ser esquecidos para
não quebrar os paradigmas tradicionais e perder a essência da intencionalidade
da tradição em sua natureza original.
Então o autor reconhece que o
multiculturalismo é a essência natural de uma tradição cultural, mas essas
características vão tomando espaços dentro do campo religioso popular, e como o
círio de Nazaré é considerado uma manifestação religiosa em sua diversidade,
nesse sentido, promove uma extensão múltipla de mitos símbolos presentes que
são interpretados com o sentido universal da palavra “mãe peregrina”
encontra-se então vestígios apreendidos pela multiplicidade conotativa
representada na construção de inúmeras capelas com imagens da “mãe Peregrina”
em outros estados brasileiros, dessa forma o contexto ganha uma proporção universalizada
e pluralista.
Agora
é possível enraizar um caráter amplo do termo religiosidade popular, com o
reconhecimento da festividade ao círio de Nazaré. A identidade, os conflitos, os
agenciamentos e o multiculturalismo popular, são palavra chaves que o autor
destaca nas suas implicações etnográficas durante o contato com as diferentes
experiências com romeiros, turistas, organizadores, entre outros personagens
que participam da festividade ao Ciro de Nazaré que reuni centenas de pessoas
todos os anos, no entanto vêm produzindo avanços de agenciamentos que não
limitas horizontes, ou seja, passam por transformações sociais e são
evidentemente interpretadas com significados universais na formação de
novos grupos participantes e trazendo para a manifestação uma mesclassem
diversificada na busca por uma liberdade e cidadania, pois é necessário no
contexto de uma sociedade multicultural como a brasileira.
Referências:
LOPES,
José Rogério. Círio de Nazaré:
agenciamentos, conflitos e negociação da identidade amazônica. Vol. 31. Rio de Janeiro: Religião &
Sociedade. 2011. Disponível em <hppt://dx.doi.org/10.1590/S0100-85872011000100007> Acesso em 21 de Junho 2013. p. 15-27.
[1]
Esta síntese é fruto de um
trabalho de aproveitamento realizado na disciplina festas Religiosas Populares
ministrada pela Profª. Drª. Neide Miele, no primeiro semestre de 2013 (semestre
letivo: 2013.1), no Curso de Graduação em Ciências das Religiões da Universidade
Federal da Paraíba.
² Aluno (a) do Curso
de Graduação de Ciências Das Religiões, Centro de Educação, Universidade
Federal da Paraíba. E-mail: Thalisson_pinto@hotmail.com.
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