Artigo apresentado no congresso do SOTER 2011 pelos acadêmicos do Curso de
Graduação em Ciências Das Religiões, Centro de Educação, Universidade Federal
da Paraíba : Rita Francisco de Oliveira, Thalisson Pinto Trindade De
Lacerda, Verônica Maria Silva
ABAIXO O RESUMO E A CONCLUSÃO DESTE BRILHANTE TRABALHO, PARA CONHECER E APROFUNDAR SOBRE O ARTIGO ENTRE EM CONTATO PELO EMAIL DOS ACADÊMICOS : thalisson_pinto@hotmail.com
RESUMO
A
emergência das Ciências das Religiões e a formação específica para o magistério
do Ensino Religioso tem nos conduzido à reflexão sobre o uso do
proselitismo por parte dos professores da disciplina nas escolas. Dessa
reflexão surgiu o presente artigo. Destacamos a necessidade do
respeito à diversidade, ou seja, do uso da alteridade como base fundamental
para uma mudança de paradigma dentro do ensino religioso, como também a
importância da laicidade. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica realizada com
o objetivo de analisar o uso do proselitismo e suas consequências dentro do
ensino religioso.
Palavras-chave: Ensino religioso. Proselitismo. Alteridade.
Laicidade.
CONCLUSÃO
O proselitismo é
um comportamento que já não tem mais espaço dentro do Ensino religioso. As
mudanças de paradigma são reais e crescentes. Aquele educador que insiste em permanecer
com a mente fechada para estas mudanças, infelizmente vai ficar a margem do
caminho.
A alteridade e a
laicidade caminham de mãos dadas na busca desta transformação. Juntamente com a
tolerância, a generosidade, o respeito pelo outro, a humildade e a boa vontade,
grandes feitos poderão ser realizados em prol de uma melhor educação e de um
Ensino Religioso mais holístico.
A base para este grande
salto se chama educação. E para se implementar uma educação de qualidade se faz
necessário a formação específica para o magistério do Ensino Religioso. Para isto, estão sendo formados e
qualificados os Cientistas das religiões, os quais, certamente farão a
diferença dentro deste contexto, principalmente quando se conscientizarem de
que eles também precisam se educar... Que o início da renovação depende deles e
não do aluno... Que, o que ele ensina não está só no que ele diz, mas
especialmente no que ele faz... E, quando o seu exemplo, suas atitudes, e o seu
comportamento forem pautados na ética e no respeito mútuo, que são ações
básicas e fundamentais para a conquista de um aluno de melhor qualidade, então,
consequentemente teremos na sociedade homens mais virtuosos, justos, altruístas
e fraternos.
Leonardo Boff na sua palestra proferida durante o Fórum Social
Mundial, realizado em Belém do Pará, em janeiro de 2009, diz:
Promover
a ecologia do cuidado, que zela pelos interesses de toda a comunidade de vida. Coexistir
com respeito, cooperação e harmonia com os demais moradores deste pequeno
planeta, - animais, vegetais, seres humanos. A interculturalidade, o encontro
com outras tradições, outras culturas, enriquece a nossa visão do mundo e da
vida. Ter olhos para os que são diferentes. Ter ouvidos para sua voz, as suas melodias,
canções, histórias. Habitamos todos uma casa comum. Temos uma origem comum e,
certamente, um mesmo destino comum. As tantas flores, com suas cores e formas
distintas. Diferenças superficiais, pois a terra que as nutre e sustenta é uma.
Um único sopro as anima, conferindo-lhes significado, sentido e vida. (BOFF,
2009.)
Quando nós, seres
humanos, colocarmos em prática o precioso código de ética “Fazer ao outro o que
gostaríamos que o outro nos fizesse”, então todas as relações sociais se
tornarão mais humanas e igualitárias, porque serão regidas pelo amor
incondicional, item indispensável para a vivência na nova era.
Certamente, o
assunto abordado está longe de ser esgotado. Entretanto, procuramos dar a nossa
pequena contribuição e esperamos que muitos outros sigam o nosso exemplo, pois,
o futuro da educação depende do esforço, da dedicação, da iniciativa, da
vontade de fazer o melhor e principalmente da coragem de todos nós.
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