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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

PENSAMENTO DE MIRCEA ELIADE

 

REDYSON, Deyve. Introdução ao pensamento de Mircea Eliade. João Pessoa: Editora Universitária UFPB, 2011.




Esta obra, apesar de seu título modesto e despretensioso, é de fundamental importância para a área de Ciências das Religiões. Como a leitura atenta evidenciará, os pontos filosóficos principais, formulados por Eliade ao longo de sua carreira acadêmica, longa e produtiva, serão apresentados e analisados.

A proposta da obra é canônica: vida, obra e pensamento. Na "vida" aprendemos, pelo exemplo, o quanto é difícil, o quanto se exige de um pesquisador que queira realmente produzir uma obra significativa, inédita e inovadora. São infinitos deslocamentos, viagens, mudanças (de cidade, país, continente), muitas incertezas, infinitas horas, debruçado sobre livros, e passadas em bibliotecas. Dificuldades financeiras não pouparam Eliade de dissabores e aborrecimentos. Que diferença o "pesquisador-funcionário público", protegido pelo seu emprego! Não vai a congressos, não escreve artigos ou livros, mas tem o seu título e recebe o seu salário!

Já o capítulo sobre "a obra" é uma rica bibliografia comentada. Seguindo a cronologia, vemos que Eliade não se apressava nas conclusões. Cada livro publicado encerrava alguns anos de estudo e pesquisa. Não por acaso, sua produção é bem fundamentada e sólida. Consideramos este capítulo segundo e a bibliografia no final do volume como fontes seguras para o pesquisador. Quanto ao "pensamento" de Eliade, terceiro capítulo da obra, fica claro o quanto é atual e pujante. O conceito de homo religiosus é sua principal contribuição, segundo nosso ponto de vista.

Trata-se do indivíduo que vive integralmente a experiência do sagrado, não intelectualmente, mas com suas emoções genuínas. O mito, então, é sua verdade mais profunda, fruto de uma revelação ou hierofania, não uma lenda ou fábula, produto do diletantismo, mas uma mensagem divina obtida em condições singulares, num espaço sagrado e num tempo igualmente sagrado. Para o homo religiosus, o sagrado é o real e o verdadeiro, o profano é falso, pseudo-real, temporalmente limitado. Ora, a experiência do sagrado é maravilhosa e quer ser mantida, portanto ritualisticamente ele a reproduz, em dadas condições, assim o mundo se mantém e o homo religiosus mesmo é o que é, um ser, graças ao rito que executa, seguindo o modelo primordial... (do Prefácio de Fabrício Possebon, coord. do PPGCR-UFPB).


Mais informações aqui, no e-mail do autor.

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