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domingo, 7 de agosto de 2011

Palavras de índios



Uma velha Wintu religiosa fala com tristeza da destruição brutal e desnecessária de sua terra pelos brancos...
 
      O homem branco jamais se preocupou com a terra, nem com o veado, nem com o urso. Quando nós, índios, matamos um animal, comemos ele todo. Quando queremos arrancar uma raiz, fazemos pequenos buracos no chão. Quando construímos casas, também fazemos pequenos buracos. Quando queimamos a erva contra os gafanhotos, não arruinamos tudo. Recolhemos as bolotas e as pinhas. Não derrubamos arvores. Usamos apenas madeira morta. Mas os brancos reviram a terra, arrancam as arvores, matam tudo. A  arvore diz Não! Eu sou sensível. Não me fira. Mas eles a derrubam e a cortam em pedaços. O espírito da terra os odeia. Eles destroem as arvores e as puxam pelas entranhas. Eles serram as arvores. Isto as fere. Os índios nunca ferem nada, enquanto os brancos destroem tudo. Explodem rochas e as espalham pelo chão. A pedra diz Não! Você esta me ferindo? Mas o branco não presta atenção. Quando os índios usam pedras, escolhem as menores e arredondadas que servem para a cozinha. Como que o espírito da terra pode gostar do homem branco? Onde o branco põe a mão há sofrimento. 



Comentário sobre o texto
              Os índios cuidam da terra como uma mãe cuida dos seus filhos, com carinho e amor, usam o necessário para a sua sobrevivência, e sabem com  carinho usar a terra sem a destruir, eles tem muito a nos ensinar. Nós homens brancos que nos achamos tão superiores, que achamos que temos a melhor tecnologia e meios de usar a terra, pelo contrário, parecemos menos inteligentes e mais arcaicos, pois tratamos o meio em que vivemos com desprezo, achando que a nossa terra também não merece cuidados especiais, tiramos o sustento dela e a matamos, ferimos a nossa mãe que nos alimenta e nos dar riquezas. Temos muito que aprender com aqueles que são os mais sábios e verdadeiros cientistas, pois são sensíveis verdadeiramente. Estas palavras da sábia religiosa expressa muito bem o sentimento de todos os que são os verdadeiros donos da terra, pois verdadeiros são aqueles que sabem cuidar do patrimônio que o criador coloca nas mãos dos homens.

Jorcemar B. Albuquerque, acadêmico do curso de ciências das religiões-UFPB
Exercício realizado para a disciplina afro-indígena

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