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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Cultura afro-brasileira



Conhecendo um pouco da cultura afro-brasileira

"O Brasil tem a maior população de origem africana fora da África e, por isso, a cultura desse continente exerce grande influência, principalmente na região nordeste do Brasil. Hoje, a cultura afro-brasileira é resultado também das influências dos portugueses e indígenas, que se manifestam na música, religião e culinária.
Devido à quantidade de escravos recebidos e também pela migração interna destes, os estados de Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul foram os mais influenciados.
No início do século XIX, as manifestações, rituais e costumes africanos eram proibidos, pois não faziam parte do universo cultural europeu e não representavam sua prosperidade. Eram vistas como retrato de uma cultura atrasada. Mas, a partir do século XX, começaram a ser aceitos e celebrados como expressões artísticas genuinamente nacionais e hoje fazem parte do calendário nacional com muitas influências no dia a dia de todos os brasileiros.
Em 2003, a lei nº 10.639 passou a exigir que as escolas brasileiras de ensino fundamental e médio incluíssem no currículo o ensino da história e cultura afro-brasileira. Para ajudar na criação das aulas e na abordagem pelos professores, o Sinpro-SP preparou um site com várias dicas e material para estudo.
Música
A principal influência da música africana no Brasil é, sem dúvidas, o samba. O estilo hoje é o cartão-postal musical do país e está envolvido na maioria das ações culturais da atualidade. Gerou também diversos sub-gêneros e dita o ritmo da maior festa popular brasileira, o Carnaval.
Mas os tambores de África trouxeram também outros cantos e danças. Além do samba, a influência negra na cultura musical brasileira vai do Maracatu à Congada, Cavalhada e Moçambique. Sons e ritmos que percorrem e conquistam o Brasil de ponta a ponta.
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)
  • O samba é a principal influência da cultura africana e cartão-postal musical do Brasil
Capoeira
Inicialmente desenvolvida para ser uma defesa, a capoeira era ensinada aos negros cativos por escravos que eram capturados e voltavam aos engenhos. Os movimentos de luta foram adaptados às cantorias africanas e ficaram mais parecidos com uma dança, permitindo assim que treinassem nos engenhos sem levantar suspeitas dos capatazes.
Durante décadas, a capoeira foi proibida no Brasil. A liberação da prática aconteceu apenas na década de 1930, quando uma variação (mais para o esporte do que manifestação cultural) foi apresentada ao então presidente Getúlio Vargas, em 1953, pelo Mestre Bimba. O presidente adorou e a chamou de “único esporte verdadeiramente nacional”.
Religião
A África é o continente com mais religiões diferentes de todo o mundo. Ainda hoje são descobertos novos cultos e rituais sendo praticados pelas tribos mais afastadas. Na época da escravidão, os negros trazidos da África eram batizados e obrigados a seguir o Catolicismo. Porém, a conversão não tinha efeito prático e as religiões de origem africana continuaram a ser praticadas secretamente em espaços afastados nas florestas e quilombos.
Na África, o culto tinha um caráter familiar e era exclusivo de uma linhagem, clã ou grupo de sacerdotes. Com a vinda ao Brasil e a separação das famílias, nações e etnias, essa estrutura se fragmentou. Mas os negros criaram uma unidade e partilharam cultos e conhecimentos diferentes em relação aos segredos rituais de sua religião e cultura.
As religiões afro-brasileiras constituem um fenômeno relativamente recente na história religiosa do Brasil. O Candomblé, a mais tradicional e africana dessas religiões, se originou no Nordeste. Nasceu na Bahia e tem sido sinônimo de tradições religiosas afro-brasileiras em geral. Com raízes africanas, a Umbanda também se popularizou entre os brasileiros. Agrupando práticas de vários credos, entre eles o catolicismo, a Umbanda originou-se no Rio de Janeiro, no início do século 20.
Culinária
Outra grande contribuição da cultura africana se mostra à mesa. Pratos como o vatapá, acarajé, caruru, mungunzá, sarapatel, baba de moça, cocada, bala de coco e muitos outros exemplos são iguarias da cozinha brasileira e admirados em todo o mundo.
Mas nenhuma receita se iguala em popularidade à feijoada. Originada das senzalas, era feita das sobras de carnes que os senhores de engenhos não comiam. Enquanto as partes mais nobres iam para a mesa dos seus donos, aos escravos restavam as orelhas, pés e outras partes dos porcos, que misturadas com feijão preto e cozidas em um grande caldeirão, deram origem a um dos pratos mais saborosos e degustados da culinária nacional". 



pesquisado em <http://www.brasil.gov.br/sobre/cultura/cultura-brasileira/cultura-afro-brasileira>

terça-feira, 8 de maio de 2012

O USO DO PROSELITISMO DENTRO DO ENSINO RELIGIOSO E A IMPORTÂNCIA DA ALTERIDADE E DA LAICIDADE.


 

Artigo apresentado no congresso do SOTER 2011 pelos acadêmicos do Curso de Graduação em Ciências Das Religiões, Centro de Educação, Universidade Federal da Paraíba : Rita Francisco de Oliveira, Thalisson Pinto Trindade De Lacerda, Verônica Maria Silva

ABAIXO O RESUMO E A CONCLUSÃO  DESTE  BRILHANTE TRABALHO, PARA CONHECER  E APROFUNDAR SOBRE O ARTIGO ENTRE EM CONTATO PELO EMAIL DOS ACADÊMICOS : thalisson_pinto@hotmail.com

RESUMO
A emergência das Ciências das Religiões e a formação específica para o magistério do Ensino Religioso tem nos conduzido à reflexão sobre o uso do proselitismo por parte dos professores da disciplina nas escolas. Dessa reflexão surgiu o presente artigo. Destacamos a necessidade do respeito à diversidade, ou seja, do uso da alteridade como base fundamental para uma mudança de paradigma dentro do ensino religioso, como também a importância da laicidade. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica realizada com o objetivo de analisar o uso do proselitismo e suas consequências dentro do ensino religioso.

Palavras-chave: Ensino religioso. Proselitismo. Alteridade. Laicidade.


 
 CONCLUSÃO

O proselitismo é um comportamento que já não tem mais espaço dentro do Ensino religioso. As mudanças de paradigma são reais e crescentes. Aquele educador que insiste em permanecer com a mente fechada para estas mudanças, infelizmente vai ficar a margem do caminho.
A alteridade e a laicidade caminham de mãos dadas na busca desta transformação. Juntamente com a tolerância, a generosidade, o respeito pelo outro, a humildade e a boa vontade, grandes feitos poderão ser realizados em prol de uma melhor educação e de um Ensino Religioso mais holístico.
A base para este grande salto se chama educação. E para se implementar uma educação de qualidade se faz necessário a formação específica para o magistério do Ensino Religioso.  Para isto, estão sendo formados e qualificados os Cientistas das religiões, os quais, certamente farão a diferença dentro deste contexto, principalmente quando se conscientizarem de que eles também precisam se educar... Que o início da renovação depende deles e não do aluno... Que, o que ele ensina não está só no que ele diz, mas especialmente no que ele faz... E, quando o seu exemplo, suas atitudes, e o seu comportamento forem pautados na ética e no respeito mútuo, que são ações básicas e fundamentais para a conquista de um aluno de melhor qualidade, então, consequentemente teremos na sociedade homens mais virtuosos, justos, altruístas e fraternos.
Leonardo Boff na sua palestra proferida durante o Fórum Social Mundial, realizado em Belém do Pará, em janeiro de 2009, diz:
Promover a ecologia do cuidado, que zela pelos interesses de toda a comunidade de vida. Coexistir com respeito, cooperação e harmonia com os demais moradores deste pequeno planeta, - animais, vegetais, seres humanos. A interculturalidade, o encontro com outras tradições, outras culturas, enriquece a nossa visão do mundo e da vida. Ter olhos para os que são diferentes. Ter ouvidos para sua voz, as suas melodias, canções, histórias. Habitamos todos uma casa comum. Temos uma origem comum e, certamente, um mesmo destino comum. As tantas flores, com suas cores e formas distintas. Diferenças superficiais, pois a terra que as nutre e sustenta é uma. Um único sopro as anima, conferindo-lhes significado, sentido e vida. (BOFF, 2009.)
Quando nós, seres humanos, colocarmos em prática o precioso código de ética “Fazer ao outro o que gostaríamos que o outro nos fizesse”, então todas as relações sociais se tornarão mais humanas e igualitárias, porque serão regidas pelo amor incondicional, item indispensável para a vivência na nova era.
Certamente, o assunto abordado está longe de ser esgotado. Entretanto, procuramos dar a nossa pequena contribuição e esperamos que muitos outros sigam o nosso exemplo, pois, o futuro da educação depende do esforço, da dedicação, da iniciativa, da vontade de fazer o melhor e principalmente da coragem de todos nós.