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quinta-feira, 28 de julho de 2011

A FILOSOFIA EM ŚANKARA A ESCOLA ADVAITA VEDANTA AO ENCONTRO DA NATUREZA DE ĀTMA



Por Alexandre Venâncio da Silva
(Formado em História, graduando em Filosofia e mestrando em Ciências das Religiões - UFPB na linha de pesquisa "Religiosidade Popular". Professor do Ensino Fundamental, Médio e Superior.

Srī Adi Shankarāchārya celebre pensador da Índia medieval (788-820 d.c) metafísico e monge errante indiano, chamado também de Bhagavatpada Acharya (o mestre aos pés do Senhor), conseguiu restaurar o Dharma védico criando a filosofia do Vedanta que em sânscrito significa a “conclusão” (anta) dos vedas, ele ocupa um marco divisor na filosofia oriental principalmente indiana, tão quanto Sócrates e Kant para a filosofia do ocidente isso pelo grau de importância e sabedoria em seus trabalhos e ensinamentos. Vedas que significa (conhecimentos) é um dos mais antigos textos sagrados da Índia, Śankara desenvolveu o Advaita Vedanta isso lhe favoreceu a ocupar um lugar nas sucessões da ordem discípula e a atribuição de ser um dos importantes articuladores do moderno hinduísmo intelectual, organizador e primeiro chefe dessa organização com a sua habilidade dialética.
             Śankara é considerado um dos primeiros Acharyas e a sua filosofia é conhecida de Kevaladvaita ou monismo puro. Nasceu em uma família humilde, perdeu seu pai ainda criança e logo saiu de casa a procura de um guru. No livro “A Jóia Suprema da Sabedoria” Śankara atribui aspectos fundamentais para a realização do ser, mostrando a importância de um guru na escolha e na orientação da sua qualificação, configura a doutrina do Veda e Brāhman, possibilitando a todos os seres a encontrar a sua energia espiritual na prática e na vida indiana.
             Govinda Bhagvatpada, um discípulo proeminente do grande Gaudapada da reputação Mandukya karika foi que revelou a Śankara a espiritualidade e conceitos através de seus ensinamentos, participou de sua vida (marca direta que Śankara levou até a sua morte) a isso o filosofo retribuiu de maneira afetiva em algumas passagens encontrada no “A Jóia Suprema da Sabedoria”.    

“Eu me prostro diante do verdadeiro Instrutor – diante daquele que é revelado pelas conclusões de todos os sistemas da filosofia Vedante, mas que em si é desconhecido, Govinda a suprema bem-aventurança.” Śankara (1992:15-1)

É evidente nesse trecho a aplicabilidade e qualidade de Śankara na sua apresentação ao seu mestre Govinda, ao deixar claro que o seu mestre edificará e lhe guiará ao caminho do espírito da sabedoria.
             O interesse pela doutrina de Sannyasa sempre fez parte de sua vida, apesar de uma vida curta e bem dinâmica resultante de suas varias obras de correntes filosóficas, comentários canônicos e textos fantásticos, Śankara é considerado um dos mais importantes filósofos do Vedanta, deixando vários discípulos que deram continuidade aos seus ensinamentos. Por muitos séculos a tradição do debate oral na Índia sempre fez presentes, todos esses debates eram fundamentais para o florescimento filosófico quanto para o desenvolvimento das escolas representado pelo vencedor do debate, isso aumentava os méritos e a popularidade da escola.  Śankara sempre foi um vencedor desses debates.
             O desejo humano muitas vezes distancia o homem do mundo espiritual, do verdadeiro conhecimento e das virtudes. Posicionando a cair no erro e na ignorância. Mas esse mesmo desejo que passa a ser liberdade espiritual, pode sim transformar ao encontro com a essência da vida e do conhecimento.
“O alcançar do objeto depende da qualificação daquele que o deseja alcançar. Todos os artifícios e contingências que surgem das circunstancias do espaço e do tempo são meramente acessórios.”  Śankara (1992:20-14)

Ao falarmos de desejo ao mundo do Advaita Vedanta é dizer que há uma inseparável força que movem o nosso espírito ao alcance do Real. Desejo esse que nos ajuda a acredita que somos capazes de vencer todos os obstáculos e correntes que nos prendem e sem ele não haveria esperança para realização do ser. Como diz o trecho acima que “o alcançar do objeto depende da qualificação...” é necessário nos livrar de todas as nossas vaidades, conceitos já formados que nos separa da vida espiritual. 

“Portanto, aquele que deseja conhecer a natureza de seu próprio Ātma, após ter encontrado um Guru que obteve o conhecimento do Absoluto (Brahmajñāna) e seja de uma bondosa disposição, deve prosseguir com sua investigação.” Śankara (1992:20-15)

A pureza e o desejo de encontrar o seu próprio espírito (Ātma) não pertence a todos. Precisando libertar-se primeiramente das “qualidades” do mundo. Assim conseguira afastar-se dos sentidos impróprios e insolúveis acarretados de pura ignorância (avidyā) e esse sentido leva a acreditar que tudo esta perfeito. Śankara diz que o guru será importante a esse desejo. Por que nele já esta a revelação do Absoluto (Brahmajñāna), o amor infinito e a inspiração da libertação da ilusão (māyā).  
              Śankara foi um viajante bastante promissor, conheceu vários lugares e muitos outros pensadores, conseguiu estabelecer uma influência edificadora na sua doutrina, o Advaita Vedanta, comentador das Upanishads forneceu a filosofia oriental seu grande jargão. Ao entendermos o significado de Advaita que literalmente significa “não dois”, podemos também compreender o significado da essência dessa escola. Sabendo que o principal ponto de partida entre o pensamento indiano e a integridade de sua consciência, não, é descrever o mundo invisível e sim resgatar aquilo que ao decorrer de suas vidas foram descartados e deixado para trás. É nessa filosofia que o mundo e a mente encontram espaço, não de uma forma intelectual, mas, sim espiritual. A verdade está no silêncio além das palavras, pois a fé é uma das qualidades de desejo do aprendizado filosófico, um sentimento de pura valiosidade para os que começam a percebe na vida.

“As escrituras1 demonstram diretamente que Shraddhā (fé), bhakti (devoção), dhyāna (meditação) e yoga (união) são as causas que trazem a emancipação da servidão da existência encarnada [ a liberação das ligaduras do corpo, que são obras da magia de avidyā].” Śankara (1992:31-48)

 Essa é a ordem que Śankara usa para nos conectar com a plenitude da vida. No principio a fé que nos faz sentir a sensação de algo Real, presente e concreto. A devoção vem como segundo nessa ordem, ficando encarregado de edificar o nosso interior, na devoção temos contato físico com aquilo que representa e edifica a fé. A fé e a devoção são a preparação para o nosso sentimento na meditação e ai que chegamos ao último estágio (yoga) a união de toda a ordem.  
             O Advaita adota uma doutrina cujo absoluto (Brāhman) é real e que o mundo é irreal. Qualquer manifestação, dualidade, pluralidade é dada ao absoluto com o poder do māyā. Esse absoluto aos olhos de Śankara é sem atributo, assim não há criação, tudo isso porque ele nega a existência de algo nesse absoluto. Mas esse absoluto é Real e a alma individual não é diferente do Absoluto. A explicação da ilusão cósmica provoca o surgimento do universo, sendo Avidyā (ignorância individual) responsável pelo o aparecimento absoluto, parecer ser uma multidão de almas individuas (Shivas).

1 Referência ao Kaivalya Upanishad, I, 2 (N.E).

“Somente é considerado digno de inquirir sobre o espírito [Brahman] aquele que tem discernimento, não tem apegos ou desejos, tem shama e as outras qualificações, e que possuem a vontade de emancipar-se.2  Śankara (1992:21-17)

Assim Śankara articula sua doutrina monista no Advaita Vedanta, mostrando que a nossa qualificação é primordial na busca da felicidade, ao encontro do Absoluto Real (Brāhman). Embora essa doutrina seja tão forte na Índia, existem posições “dualista’, nas quais Ātma e Brāhman são visto como separados.

2 Veja aforismo de nº 19 a 28. (N.E)
BIBLIOGRAFIA

Titulo do Original
VIVEKA – CHŪDĀMANI
CHATTERJI, Mohini M. Crest-Jewel of Wisdom da Edição de 1932. com texto em Inglês e Devanāgarīri The Theosophical Publishing House Adyar, Madras, Índia.
SANKARA. A JÓIA SUPREMA DA SABEDORIA. Comentários de Murillo N. de Azevedo. Brasília. Editora Teosófica, 1992.
PAZ, Octavio, Vislumbre da Índia. São Paulo, Ed. Mandarim, 1996.

AGRADEÇO AO PROFESSOR ALEXANDRE VENÂNCIO A COLABORAÇÃO PARA O BLOG

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Artigo sobre : conexões entre a fé romeira em Padre Cícero, no centenário de sua eleição para prefeito de Juazeiro, e outros formatos desta religião multifacetada fundada pelo Mestre da Galiléia.


Cristianismos
       (Carlos André Cavalcanti*)

Há 100 anos, o Padre Cícero era eleito prefeito de Juazeiro. A data nos permite refletir sobre a origem da religiosidade poderosa que ainda hoje cerca a figura do padre.

Vem do passado colonial do Nordeste. Foi lá, entre o século XVII e o início do século XIX, que o povo mestiço do sertão forjou mais um dentre os muitos cristianismos que a História das Religiões registra. Este cristianismo – de muita reza e pouco padre, de muita promessa e pouca missa – foi erguido e sustentado com pouquíssima presença do clero católico, que preferia o conforto das cidades litorâneas ao trabalho duro de evangelizar esta gente pobre e despossuída que habitava nossos sertões.

O Padre Cícero, a beata Maria Araújo e o povo de fé que anima o Juazeiro são herdeiros desta firme tradição religiosa. Tal tradição foi se consolidando no século XVIII com a ajuda do jesuíta Gabriel Malagrida, taumaturgo e apóstolo do Brasil. Malagrida deixou as missões indígenas em São Luís para percorrer a pé mais de sete mil quilômetros dos nossos sertões: norte a sul, leste a oeste. Pregando, fazendo curas e previsões, construindo casas de caridade, Malagrida percebeu que a vibração dos cânticos, das promessas santas e das benzeduras dava aos sertanejos uma religiosidade própria.

Uma fé centrada na emoção é incompreensível para os ditames racionalistas do Concílio de Trento e do constante processo de romanização da fé cristã. A mesma incompreensão se verifica atualmente para os devotos do Padre Cícero Romão Batista. Uma fé até hoje incompreendida e subestimada pela maior parte dos homens que ocupam as hierarquias terrenas de diversas igrejas e denominações cristãs. Já naquele tempo, os excluídos de todos os tipos, principalmente mulheres prostituídas, receberam de Malagrida a maior atenção, como Jesus Cristo certamente teria feito!! A fama de Malagrida chegou a Portugal em plena era do despotismo absolutista do Marquês de Pombal.

O apóstolo do Brasil, nascido italiano, acabou preso, processado, torturado, morto pelo golpe covarde do garrote vil e ainda queimado na fogueira da fé, tudo por determinação do Santo Ofício da Inquisição no auto-de-fé de Lisboa a 21 de setembro de 1761. Século e meio depois, a fé em torno de Cícero e Maria Araújo levaria a Igreja a interrogá-los quase inquisitorialmente, mas os tempos já não permitiam os velhos “excessos” àqueles poucos ainda dispotos a isso....

O olhar terno e firme dos romeiros de Cícero revela as constelações míticas e as metáforas das elegias epifânicas que envolvem o Padre Cícero. Revela também a coragem e a resistência serena de um povo em geral largado e criticado por sua(s) igreja(s), pelas classes ou castas dirigentes e pelo Estado Nacional brasileiro. Este povo, cristão a seu modo, nos mostra a nós mesmos sem (pre)conceitos, pois esta fé identifica um pouco do que nós somos diante deste mundo globalizado. 

artigo escrito para o site :


 * Prof.Dr Carlos André Cavalcanti
Doutor em História -
Professor Associado da
Universidade Federal da Paraíba nas Áreas de
Ciências das Religiões e História.
Líder do Grupo Videlicet de Estudos em Religiões, Intolerância e Imaginário


Foto de Ivan Correia.

sábado, 23 de julho de 2011

Divulgação >>>> VI Congresso Nacional de Ensino Religioso




O Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso/FONAPER, buscando dar continuidade ao seu objetivo de acompanhar, organizar e subsidiar o esforço de professores, associações e pesquisadores na efetivação do Ensino Religioso como componente curricular, vem promovendo, historicamente, em anos alternados, seminários nacionais de formação docente em Ensino Religioso (anos pares) e congressos nacionais para professores de Ensino Religioso (anos ímpares), em parceria com instituições de ensino superior que oferecem cursos na área de Ciências da(s) Religião(es) ou outros afins, em níveis de graduação e pós-graduação.
Em 2011, o FONAPER organiza, em parceria com o Centro Universitário La Salle (UNILASALLE) e Faculdades EST o VI Congresso Nacional de Ensino Religioso – VI CONERE, cujo tema é Currículo e Ensino Religioso na Educação Básica: desafios e perspectivas, buscando discutir o currículo do Ensino Religioso no âmbito das novas Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, sinalizando desafios e perspectivas curriculares para sua adequada inserção no cotidiano escolar das escolas públicas brasileiras. Além disso, o evento quer oportunizar a comunicação de pesquisas e práticas pedagógicas desenvolvidas por autores provenientes das diversas regiões do país.
O VI CONERE será realizado nas dependências do Centro Universitário La Salle (UNILASSALE), no Salão de Atos na Av. Victor Barreto, 2288, centro, Canoas/RS, nos dias 06 a 08 de outubro de

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Para transcender e meditar ao canto dos monges- isto é boa música

Trabalho Dissertativo e comparativo de duas realidades do ensino religioso no mundo



Universidade Federal da Paraíba
Centro de Educação
Graduação em Ciências das Religiões
Disciplina: Estágio Supervisionado II
Profº.: Drº. Deyve Redyson Melo dos Santos
Aluno: Jorcemar Bezerra de Albuquerque



           O ensino religioso tem uma diferença enorme no mundo, cada país com sua particularidade em implanta-lo e até país que não se tem ensino de religião na escola, pois o ser religioso já esta inserido na vida do povo.
            Na Alemanha o ensino religioso é obrigatório nas escolas públicas, segundo a constituição vigente no país, mas abre espaço para os mulçumanos poderem estudar sobre sua religião em sala separada, estas aulas são ministradas por professores mulçumanos e pagos pelo estado, as mulheres podem usar o véu, mas os professores não podem usar (no caso professoras, mas são contratados homens para desempenhar esta função, para evitar o constrangimento).
            Vale ressaltar que o ensino religioso na Alemanha é feito sob controle de um conselho de especialistas ou autoridades no assunto composto por membros das igrejas: católica, protestantes, ortodoxos e judeus, ou seja, o ensino é voltado para o cristianismo e o judaísmo.                                     
             Na Inglaterra o ensino religioso é obrigatório mas que tem uma grande diferença da Alemanha como em  outros países. Na Inglaterra não se tem restrição quanto a professores usarem vestes com se verifica na Alemanha, e o ensino é voltado para as ciências da religião e os estudantes das diversas confissões convivem em harmonia, estudando  lado a lado sobre todas as religiões.
             O ensino É tão bem organizado que as escolas possuem cardápios diversificados para a alimentação dos alunos que possuem algum tipo de interdição alimentar por causa de sua confissão religiosa assim a escola contempla a diversidade. Na inglaterra o ensino não esta voltado apenas para duas grandes religiões como vemos na Alemanha, por causa deste cuidado se tem elogios por parte dos membros responsáveis das religiões existentes e demais pessoas das denominações.
            O estudo das ciências da religião na Inglaterra é um exemplo para outros países. Mostra como se pode ter uma boa convivência com a diversidade e a seriedade de tratar o ensino religioso como ele deve ser.





domingo, 10 de julho de 2011

Colaboração para o blog, material enviado pelo Prof.Dr. Carlos André Cavalcanti, sobre o acordo Brasil-Vaticano

O Acordo Brasil-Vaticano
Carlos André Cavalcanti

Como cidadão e como historiador, discordo profundamente do Acordo Brasil-Santa Sé, que também é chamado de Brasil-Vaticano. A minha opinião foi bem resumida em uma entrevista para uma TV paranaense dada em 2009 no plenário de uma Comissão da Câmara Federal, em Brasília. Estive lá representando a Pós-Graduação em Ciências das Religiões, na qual atuei como vice-coordenador e como coordenador de 2006 a 2009. O vídeo fala por si.


 



Prof.Dr.Carlos André Cvalcantati
Doutor em História
Professor da Universidade Federal da Paraíba

Líder do Grupo Videlicet de Estudos em Religiões, Intolerância e Imaginário

agradeço ao Professor a colaboração para o blog

terça-feira, 5 de julho de 2011

INFORMATIVO HISTÓRICO

Terça-feira, 05 de julho de 2011, 13h33

Documentos secretos do Vaticano serão expostos em museu

Danusa Silva do Rego
Correspondente em Roma 

 http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=282491

 


No início desta tarde desta terça-feira, 5, o Vaticano concedeu uma coletiva de imprensa sobre a exposição de seus Arquivos Secretos. A exposição será aberta ao público de fevereiro a setembro de 2012 no Museu Capitolini, em Roma.

Estiveram presentes na coletiva o secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone, o arquivista e bibliotecario da Santa Igreja Romana, Cardela Raffaele Farina e o prefeito do Arquivo Secreto do Vaticano, Monsenhor Sergio Pagano.

O título da mostra é "Lux in Arcana (Mistérios da Luz), o arquivo secreto do Vaticano se revela". A proposta é iluminar uma realidade fechada e superficial permitindo que ela flua através do contato direto e concreto com as fontes do arquivo que abre as portas a descoberta da história.

“Esta mostra pretende iluminar a realizada da desta instituição,o Arquivo Secreto do vaticano, sua natureza, seus conteúdos, sua atividade", salientou Dom Pagano.
Autoridades civis como o prefeito de Roma, Giovanni Alemanno, o Assessor da Politica Cultural e Centro Historica da Capital de Roma, Dino Gasperini e o Superintendente dos Bens culturais da capital italiana, Umberto Broccoli também marcaram presença na coletiva.

Durante a coletiva, as autoridades ressaltaram que esta exposição é histórica, inédita e talvez única. Cem documentos originais do arquivo
secreto vaticano poderão ser vistos por um vasto público.
Foram divulgados sete, dos cem documentos que estarão expostos, entre eles conteúdos relacionados ao Papa Gregório VII, Federico II, Galileo Galilei, uma carta dos índios americanos dirigida a Leão VIII e um documento relacionado ao período fechado da Segunda Guerra Mundial.
De acordo com Cardeal Tarcísio Bertone, a mostra contribuirá para o crescimento do dialogo, troca de experiências e aperfeiçoamento de
discussões cientificas. Os visitantes reviverão os documentos e poderão saborear narrações de acontecimentos históricos.

"Se trata, de fato, reunir as riquezas do Arquivo Secreto do Vaticano, com sua bagagem de conhecimento científico e experiência", ressalta Dom Bertone.

Para Dom Pagani, numa época informatizada, o arquivo secreto do Vaticano se apresenta com uma linguagem nova sem que isso
comprometa o valor cientifico de seus documentos.
Monsenhor Rafaelle assinalou que o arquivo se revela sem escrúpulos ou temor e como o orgulho de, há 4 seculos, servir a Igreja e a cultura.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

INFORMATIVO DO FONAPER


Prezado Educador(a):
Em audiência pública realizada no dia 28 de junho na Comissão de Educação e Cultura, membros da coordenação do FONAPER, filiados, pesquisadores, professores, representantes de diversas denominações religiosas, políticos e demais interessados estiveram debatendo a obrigatoriedade do Ensino Religioso nas escolas públicas, prevista nos projetos de lei 309/11 e 1021/11, do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP).
Este fato é mais um momento histórico do Ensino Religioso no Brasil, em que o FONAPER defendeu a obrigatoriedade da oferta e a liberdade de escolha por parte dos estudantes e seus responsáveis, de acordo com a Constituição Federal e a Lei 9.475/97, que assegura o respeito a diversidade cultural religiosa sem proselitismo. Diante da legislação vigente, ressaltou-se a fundamental importância da publicação de diretrizes por parte do MEC, para a formação de professores para esta área do conhecimento e sua respectiva regulamentação nos Sistemas de Ensino Público do país.
O objetivo do Ensino Religioso não se restringe em apenas estudar a história das religiões, menos ainda, separar os estudantes para que  representantes de diferentes ou algumas denominações religiosas ensinem seus adeptos na escola, incorrendo, neste caso, em práticas proselitistas, tornando a escola um lugar de disputas entre religiões, e não um espaço de construção e socialização de conhecimentos historicamente produzidos pela humanidade.
A coordenadora de diversidade religiosa da Secretaria de Direitos Humanos, Marga Janete Ströher, alertou para o caráter optativo da disciplina. Mesmo sem proselitismo religioso, ela afirmou que a matrícula dos alunos deve ser facultativa, conforme determina a Constituição. "A obrigatoriedade é uma coerção. No Estatuto da Criança e do Adolescente, está previsto o direito de escolha; entre as liberdades individuais, está a de escolha religiosa ou não", disse Marga Ströher.
O coordenador do FONAPER, Élcio Cecchetti, afirmou que o ensino religioso deve ser encarado como qualquer outra disciplina escolar, com base em pressupostos científicos prevendo o estudo, a compreensão e o respeito a todas as crenças. "Querendo ou não, os alunos precisam de preparo, de conhecimento para lidar com a diversidade, para que não discriminem, não criem mais preconceito do que já existe hoje. Nossa tentativa é trabalhar essa disciplina a partir de um viés de direitos humanos e que consiga acrescentar elementos científicos à vida do educando, para que ele seja cidadão e possa interpretar a realidade com conhecimento", explicou Cecchetti.
O relator dos projetos, deputado Pedro Uczai (PT-SC), destacou a importância da formação de professores na área de Ensino Religioso afirmando que "tem de haver professores formados não na igreja, mas na universidade, para aceitar a diversidade religiosa e cultural, as diferentes teologias e religiões presentes na sociedade. Isso permite respeitar o diverso, o plural, e não só o meu deus, a minha religião, como a única que explica o mundo, a sociedade, a história e a vida".
Chamamos a atenção para a inscrição de trabalhos para o VI CONERE que acontecerá em outubro deste ano. Inscreva-se e socialize suas pesquisas. Para maiores informações, acesse http://www.fonaper.com.br/noticia.php?id=1145.